O impacto das quedas em adultos jovens: não é só problema de idoso

13/10/2025

O impacto das quedas em adultos jovens não é só problema de idoso

Queda não é assunto exclusivo da terceira idade. Entre adultos jovens, elas acontecem com frequência — no esporte, no trajeto até o trabalho, nas escadas do metrô, numa mudança de direção mal calculada. E as consequências vão de “só um susto” a entorses, fraturas, concussões e medo de cair de novo. Neste guia, a DDC Fisioterapia explica por que isso acontece, como avaliar o risco e quais estratégias de tratamento e prevenção reduzem o impacto das quedas em quem estuda, trabalha, treina e vive em ritmo acelerado. Para embasar, usamos evidências atuais e práticas clínicas do dia a dia — veja os dados da Organização Mundial da Saúde sobre quedas.

Por que quedas em adultos jovens importam (e os mitos que atrapalham)

Prevalência e subnotificação entre jovens

Pesquisas em universitários mostram que quase metade dos participantes relata ao menos uma queda em poucas semanas de acompanhamento, e cerca de 1 em cada 10 relata lesão. Esse dado desmonta o mito de que cair “é coisa de idoso” e explica por que o tema precisa entrar no radar de quem treina, corre, pedala ou simplesmente anda pela cidade. Para aprofundar, confira o estudo em PLOS ONE com jovens adultos.

Onde elas acontecem: esporte, trabalho e vida urbana

Em jovens, muitas quedas acontecem durante a prática esportiva e em corridas do cotidiano (pegar ônibus, atravessar rua, mudar de direção). Ambientes com piso irregular, iluminação ruim e calçados inadequados aumentam o risco. Além disso, o excesso de carga de treino, o sono insuficiente e a distração com o celular ampliam a probabilidade de tropeços e torções.

Consequências imediatas e tardias

Além de entorses e contusões, quedas podem provocar fraturas do punho e tornozelo, instabilidades de ombro e joelho e, por vezes, concussões. Mesmo quando a lesão é leve, dor persistente e receio de cair novamente reduzem confiança e performance. Ignorar sinais e “voltar antes da hora” costuma prolongar o quadro.

Causas e fatores de risco em adultos jovens

O impacto das quedas em adultos jovens: não é só problema de idoso também nasce da combinação entre fatores do ambiente e do próprio corpo — entender essa interação é o primeiro passo para agir de forma preventiva e inteligente.

Fatores extrínsecos

Piso escorregadio, obstáculos, iluminação precária e uso de álcool ou distrações são gatilhos clássicos. Em ambientes externos, chuva e superfícies molhadas pedem atenção redobrada. No trabalho, escadas, tapetes soltos, cabos no chão e correria em horários de pico compõem o cenário típico de incidentes evitáveis com ajustes simples.

Fatores intrínsecos

Força insuficiente, equilíbrio deficitário, tempo de reação lento e histórico de lesão recente elevam o risco. Em quem passa horas sentado, encurtamentos e déficits de controle lombo-pélvico aparecem com frequência. Quadros de dor no pé, tornozelo, joelho, quadril ou coluna alteram o padrão de marcha e podem predispor a tropeços.

Esporte e treino

Acelerações, desacelerações, mudanças bruscas de direção, contato físico e fadiga acumulada explicam boa parte das quedas em quadras e campos. Um erro comum é retornar ao treino sem critérios objetivos de força, equilíbrio e tolerância à carga. Sem esses marcadores, o risco de nova torção ou queda aumenta — especialmente em modalidades com saltos e cortes rápidos.

Lesões mais frequentes após quedas e sinais de alerta

Entorses e fraturas: quando investigar

Entorses de tornozelo e punho são muito comuns. Dor localizada intensa, deformidade, crepitação, hematoma extenso e incapacidade de apoiar o peso indicam necessidade de imagem e avaliação médica. O tratamento fisioterapêutico entra cedo para controlar dor, recuperar mobilidade e retomar força e estabilidade.

Joelho e ombro: instabilidades e luxações

Quedas com o braço estendido ou com rotação do joelho podem gerar luxações e lesões ligamentares e meniscais. Dor, sensação de “falseio”, travamento e perda de força são sinais para reavaliação rápida. Em muitos casos, a reabilitação adequada devolve estabilidade sem necessidade de cirurgia; quando indicada, a fisioterapia prepara o tecido para melhores resultados pós-operatórios.

Concussão: red flags

Perda de consciência, dor de cabeça intensa, vômitos repetidos, confusão mental ou piora progressiva exigem atendimento imediato. O retorno ao esporte deve ser gradual e supervisionado, seguindo critérios objetivos (ausência de sintomas, tolerância ao esforço e à estimulação cognitiva).

Notou sinais de alerta após uma queda? Agende uma avaliação para esclarecer o quadro e iniciar o plano certo. Fale com a DDC Fisioterapia.

Como a fisioterapia avalia o risco e o dano

Avaliação da marcha e da corrida

A análise da marcha e da corrida (observacional e, quando disponível, com vídeo e softwares) identifica assimetrias, padrão de passada, contato com o solo e oscilações de tronco e quadril. Na DDC, isso é integrado à Avaliação cinemática da marcha para transformar dados em decisões clínicas: progressões de exercício, ajustes de técnica e escolha de cargas.

Testes funcionais que importam

Ferramentas como Star Excursion Balance Test e Y-Balance Test avaliam equilíbrio dinâmico de forma reprodutível e comparável entre sessões. Somam-se a hop tests (saltos unilaterais) e ao Timed Up and Go, compondo um painel objetivo para monitorar evolução.

Força, mobilidade e propriocepção

Medidas de força isométrica e concêntrica, amplitude articular e controle neuromuscular orientam metas de curto e médio prazo. Na prática, combinamos dados objetivos com dor percebida e desempenho funcional para individualizar a reabilitação.

Tratamento e reabilitação: do primeiro atendimento ao retorno

PEACE & LOVE no manejo inicial

Para lesões de tecidos moles, diretrizes atuais enfatizam Proteção, Educação, Controle de carga e Exercícios (PEACE) e, na sequência, Carga, Otimismo, Vascularização e Exercícios (LOVE). O foco sai do “repouso absoluto” e vai para educação, retomada progressiva e promoção de fluxo sanguíneo — sempre respeitando dor e cicatrização.

Controle de dor e progressão de carga

O plano combina analgesia não farmacológica (terapia manual, exercícios isométricos), mobilidade específica e progressões de força e pliometria. Critérios de avanço claros (dor abaixo de 3/10, técnica adequada, sem aumento de edema) evitam recaídas. O retorno a corridas, saltos e mudanças de direção é estruturado em estágios para segurança e desempenho.

Ondas de choque: quando considerar

Em tendinopatias crônicas selecionadas (calcâneo, patelar, glúteo médio), a terapia por ondas de choque pode modular dor e estimular reparo quando associada a exercícios. Na DDC, o recurso está disponível e é indicado de forma individualizada. Saiba mais em Terapia por ondas de choque.

Reabilitação esportiva e fisioterapia domiciliar

Para quem precisa conciliar rotina puxada com tratamento, sessões domiciliares mantêm a aderência em fases estratégicas. Para atletas e amadores, reabilitar para o gesto esportivo (saltos, cortes, aterrissagens) é obrigação, não opcional. Explore também a página de Fisioterapia Esportiva.

Prevenção e performance: como cair menos e render mais

Treinos de equilíbrio e estabilidade lombo-pélvica

Inclua duas a três sessões semanais de exercícios de equilíbrio (apoio unipodal com variações, deslocamentos com perturbações), força de glúteos e core e controle de joelho e tornozelo. Pequenas doses, feitas com consistência, mudam o jogo e reduzem recidivas.

Rotinas neuromusculares no aquecimento e no pós-treino

Aquecimentos com saltos de baixa intensidade, mudanças de direção técnicas e exercícios de reação melhoram tempo de resposta e controle. No pós-treino, finalize com mobilidade e controle excêntrico de panturrilhas, isquios e quadríceps para preparar o corpo para o próximo ciclo de esforço.

Ergonomia e hábitos

Organize o posto de trabalho, ajuste altura de cadeira e monitor, prefira calçados estáveis e cuide do sono e da recuperação. Esses detalhes reduzem fadiga, melhoram atenção e diminuem tropeços no dia a dia.

Quando procurar ajuda

Teve queda recente com dor persistente, sensação de instabilidade, perda de confiança para correr ou treinar? Procure avaliação especializada. Este conteúdo se conecta ao nosso guia prático Cuidados com a marcha: como prevenir quedas e melhorar a mobilidade.

FAQ — Perguntas frequentes

Quando devo procurar avaliação após uma queda?

Se houver dor que não melhora em 48–72 horas, inchaço persistente, instabilidade, perda de força ou limitação para apoiar o peso ou voltar a treinar, procure avaliação fisioterapêutica. Em casos de sinais de alarme neurológicos (desmaio, vômitos repetidos, confusão), busque atendimento médico imediato.

Quais são os principais sinais de alerta que exigem investigação?

Deformidade aparente, incapacidade de apoiar o peso, dor muito localizada no osso, estalos audíveis no momento da queda e sintomas neurológicos exigem investigação com exames e avaliação médica. Quanto antes a triagem adequada acontece, melhor o prognóstico e menor o tempo de afastamento.

Quando considerar a terapia por ondas de choque?

Em tendinopatias crônicas e quadros que não respondem aos exercícios bem conduzidos, as ondas de choque podem ser um recurso complementar, indicado caso a caso pelo fisioterapeuta. Entenda indicações, benefícios e limitações em Terapia por ondas de choque.

Conclusão: agir cedo evita recaídas e acelera o retorno

O impacto das quedas em adultos jovens: não é só problema de idoso é um tema real para quem vive em movimento. Saber onde e por que elas acontecem ajuda a agir rápido: avaliar marcha e equilíbrio, tratar a dor com critérios, fortalecer o que importa e treinar o cérebro para reagir melhor. Na DDC Fisioterapia, unimos avaliação precisa, protocolos de reabilitação funcional e recursos modernos (como ondas de choque) para reduzir o risco de novas quedas e devolver confiança ao seu dia a dia e ao seu esporte. Precisa de um plano individualizado? Agende sua avaliação.

 

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